domingo, 30 de junho de 2013

Ronnie James Dio - Em todas as fases do Rock...

Ronald James Padavona (Dio), americano descendente de italianos, nascido em 10 de julho de 1942, iniciou sua vida musical bem cedo, na época do colégio bem no início dos anos 1960, tocando com os amigos em festas e bailes seu estilo preferido, o "rockabilly". Seu nome artístico foi inspirado em um mafioso italiano "Johnny Dio"... e assim começou como "Ronnie Dio and The Prophets", com todo aquele visual "rocker" daquela época. Dio buscou inspiração musical também na "soul music" norte-americana, e ao longo de sua carreira sempre demonstrou tal afeição ao estilo, e também ficou conhecido por popularizar o gesto da "mão chifrada", muito popular no mundo Heavy Metal, o que andou lhe rendendo a imagem de satanista por vários grupos de pessoas contrárias ao movimento musical - o que convenhamos: um pensamento que vai além de uma estupidez, senão uma bestialidade. Pois então, Dio além de uma vida dedicada a Rock, muitas vezes em tons de grandes protestos, mantinha junto à sua esposa Wendy Dio, uma entidade assistencial para crianças vítimas de abusos sexuais e filhos de prostitutas que os abandonavam ou não cuidavam bem, chamada de "Childrem of the Night" - Dio era um crítico ferrenho à dogmática católica que proíbe sues fieis de fazerem sexo com preservativos, no intuito de dizer que o sexo apenas deve ser feito para a geração de filhos... 


Ronnie Dio and The Prophets



Dio adentra a década de 1970 depois de sua banda mudar de nome, passando pelos nomes: "The Electric Elves"; "The Elves" e posteriomente "Elf", inclusive adotou esitlos diferentes para compor suas músicas e álbuns - estilos como o 'folk' europeu, fez cover de Jethro Tull, e deixou de lado um pouco seu "rockabilly" americano, e passou a olhar para os estilos de Rock tocados do outro lado do Oceano Atlântico, bem como se juntou a vários músicos que vieram da a famosa "Invasão Inglesa" e a "Old School" européia, compondo assim, canções mais longas, batidas de jazz, com mais solos de guitarra, órgão, piano e tudo mais.



Elf


Em meados dos anos 1970, Dio se alia ao guitarrista Ritchie Blacmore, que havia deixado o Deep Purple, e assim montam a "Ritchie Blackmores´s Rainbow" ou simplesmente "Rainbow". Essa fusão durou pouco tempo mas deixou consagrado no mundo "Hard Rock" seu legado musical, com letras que adotam temas como: gavaleiros, guerreiros, reinos, mulheres místicas, em suma, tudo que faça parte do folclore europeu... coisas que deram origem aos "clássicos do rock" como: "Man on the Silver Montain", "Catch the Rainbow", "Rainbow Eyes", "Tarot Woman", "Temple of the King" dentre outras canções. Fizeram bastante sucesso em países como Noruega, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, e alguns do leste europeu.


Rainbow

Dio ainda compôs com seu amigo "hipponga" Roger Glover, baixista do Deep Purple, canções como "Love Is All".



Depois do Rainbow, Dio foi convidado a substituir Ozzy Osbourne nos vocais do Black Sabbath... Gravaram em 1980 o álbum "Black Sabbath - Heaven and Hell" com aquela polêmica capa onde aparecem três anjos fumando e jogando cartas, para acirrar mais ainda as discussões religiosas, e também foi a época em que mais se popularizou o gesto da "mão chifrada" que Dio costumava fazer para espantar maus fluidos, maus olhos, enfim, toda forma do que chamamos de "urucubaca"... Mas como sempre tem aqueles que adoram tachar tudo o que seja contrário à suas crenças ou maneiras de crer, ficou estigmatizado que era mais um anticristo no pedaço... fazer o quê? Paciência, "né"? Pois bem, voltando ao assunto, Dio se manteve no Black Sabbath e gravaram mais um álbum em estúdio, "The Mob Rules", aonde houve mais uma alteração na banda com a saída de Bill Ward e entrada de Viny Appice na bateria, e logo em seguida lançaram o album ao vivo "Live Evil", onde pode-se constatar que nessa formação, Dio parece ter se encontrado muito bem musicalmente falando. Vale a pena ouvir NIB, Iron Man, Childrem of the Grave, War Pigs etc na sua voz. Suas composições junto a Tony Iommi e Gezzer Butler encontraram um certo "feeling" metaleiro... As letras, os timbres e a música em si causam bastante impacto nos ouvintes, em suma, as músicas por eles compostas, tinham uma "química" muito boa para quem é fã de Rock pesado.


Black Sabbath - Heaven and Hell



Black Sabbath - Mob Rules



Black Sabbath - Live Evil


Dio sai em carreira solo em 1983, mais ou menos, e retorna ao Black Sabbath em 1992 com o album "Dehumanizer" com a mesma formação de "Mob Rules", comçando com a pesada "Computer God", em que Dio descreve de forma "figurada" uma revolução no convívio humano, pois a música dá a entender, que com o passar dos anos, a humanidade se torna completamente dependente da computação... ele explora um "lado negro" da realidade virtual... ele não estava errado... pois o que fazemos hoje sem um computador,  telefone celular ou similares? Mas como a vida real e a vida virtual também tem seus "prós e contras" conforme podemos averiguar com o passar dos anos, o verdadeiro "bicho papão" não é ninguém além de nós mesmos... e tomara que situações que vemos em filmes como "O Exterminador do Futuro" nunca ocorram, para não nos transformar em caveiras antes da ordem natural das coisas.


DIO - Holy Diver



DIO retorna ao Black Sabbath em 1992 neste álbum.


Passada essa fase, Dio continua a gravar seus ábuns solo, até que novamente de 2006 para 2007 se junta novamente aos integrantes do Black Sabbath, mas agora com o nome de projeto Heaven and Hell, pois ao que parece, Ozzy e Tony Iommi disputavam na justiça o direito autoral do nome "Black Sabbath", e parece, ainda não confirmamos, que ficou decidido que o nome "Black Sabbath" só pode ser usado desde então, desde que estejam presentes pelo menos Tony Iommi, Ozzy e Geeze Butler, pois Bill Ward, vira e mexe, entra e sai na banda por motivos pessoais. Então, eles gravam o show ao vido (Live At Radio City Music Hall), com sucessos do passado como as músicas: Heaven and Hell, Lady Evil, VooDoo, The Sign of the Southern Cross, Die Young, Childrem of the Sea, Computer God, e muitas outras da época do Black Sabbath, temperado com bastante efeitos numa sonzeira sem igual... e saem em turnê antes de gravar um álbum em estúdio, "The Devil You Know", muito pesado e sombrio com aquela essência mais pura do Metal ou Hard Rock... como queiram...


Heaven and Hell - Live at Radio City Music Hall



The Devil You Know





Infelizmente o Sr. Ronald James Padavona, morreu aos 67 anos, em março de 2010,  vítima de um câncer no estômago. Seu funeral teve a presença de muitos fãs, seu filho fez um discurso emocionado aos presentes, e muitos músicos e amigos de Dio estiveram no funeral. Abaixo estão umas fotos e um link para ver um vídeo do funeral.


Fans e a imprensa no enterro. 



Foto do velório.



Glenn Hughes presta sua homenagem.



Mais fãs marcam presença.



Protestantes... protestando. Paciência.



Wendy e um parente.



Dio e Wendy Dio num bastidor.

Confiram aqui uns trechos do velório e enterro.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Floyd

Creio que para muitas pessoas, assim como para mim, o som do Pink Floyd não é de muito fácil compreensão e é preciso mais tempo para começarmos a gostar de toda a beleza, profundeza e complexidade de suas músicas, que exigem bastante maturidade para ouvi-las.
No início, comecei ouvindo os sucessos do show "Pulse", ainda gravado em VHS. As imagens e o som eram magníficos, mas ainda bem complexos. Com o passar do tempo, fui sentindo a falta daquelas notas tão bem tocadas e das letras profundas. Então, essa banda passou a fazer parte da trilha sonora da minha vida. A cada CD, novidades intensas, diferentes e bem trabalhadas.


O filme "The Wall" foi completamente surpreendente. De início, causou um pouco de estranhamento. Porém, ao entrar na história de Pink, tudo foi ficando claro: a sua dor, a sua carência e a sua excentricidade iam aparecendo nas cenas e nas letras das músicas fortes e contundentes.
A partir de então, o Floyd começou a tomar forma para mim. A cada CD, novidades intensas e a maturidade da banda foi ficando ainda mais clara com os trabalhos, especialmente em "The Dark Side of the Moon", "The Wall" e "Division Bell".


A guitarra e a voz de Gilmour, as letras revoltadas de Waters, a beleza dos teclados de Wright e a força da bateria de Mason formavam um conjunto inacreditável tanto para os olhos quanto para os ouvidos, mas principalmente para a mente, que viajava e ainda viaja nas incríveis notas musicais criadas por essa que é, sem dúvidas, uma das mais criativas bandas de todos os tempos.
Tive a oportunidade de assistir 2 shows de Roger Waters em São Paulo e fiquei muito emocionada em ambos. Foram realmente maravilhosos e me fizeram sentir como se estivesse dentro dos CDs que tanto ouvia. No entanto, um sonho ainda está para acontecer, entretanto, infelizmente, não com todos os integrantes: ver um show com Gilmour, Waters e Mason juntos novamente.
Pink Floyd faz parte de vários momentos de nossas vidas: paz, revolta, amor, amizade, dúvida, carência, ódio e sonho. Por isso, é uma das minhas bandas de cabeceira hoje, ontem e para sempre!

domingo, 16 de junho de 2013

OS PAIS DO METAL...

HEAVY METAL - termo utilizado durante o final da década de 1960 para se referir ao material bélico, assunto muito frequente nessa década, quando o mundo se via diante de conflitos armados (até então). Enquanto muitas bandas pregavam "paz e amor", uma galera britânica, praticamente de classe operária, de uma cidade industrial da Inglaterra, em Birminghan, (que foi, exatamente na mesma época, o berço também do Pink Floyd, que encabeçava o que conhecemos como "Space Rock e Progressive Rock"), a fim de se contrapor a esse ou aquele movimento musical e mostrar à humanidade o quão ela é podre, retratando nas letras o lado obscuro do ser humano, influenciada por vários estilos musicais, apresenta seu trabalho com um som nunca ouvido antes... riffs pesados, lentos e altos, uma bateria bem marcada, e de timbre forte porém inspirada no jazz e blues, com o baixo dando um som muito forte somadas às letras que expunham tudo aquilo do ser humano, numa sociedade com desigualdades, tornou-se uma espécie de "divisor de águas" no mundo do Rock quando Tony Iommi, Geezer Butler, Bill Ward e Ozzy Osbourne, adotaram o nome BLACK SABBATH, depois de ter sido chamada de Mythology, Polka Tulk e Earth durante a segunda metade da década de 1960. Então, com o intuito de conquistar ouvistes que costumavam apreciar filmes de horror e tinham que gastar com isso indo aos cinemas e pesava um pouco o bolso, resolveram fazer "músicas de terror" para curtirem ouvindo, economizar, tanto que adotaram o nome, justamente por serem fãs do diretor Boris Karlof, um diretor de filmes, dirigiu um clássico do terror italiano, BLACK SABBATH, que adentrou a década de 1970, em 13 de fevereiro, que por ironia foi uma sexta-feira! Lançaram seu primeiro álbum em estúdio, chamado também de Black Sabbath, bem como sua faixa título. Receberam muitas críticas negativas do tipo: "Vocês nunca terão sucesso"; "foi a coisa mais grotesca que ouvi", e ainda lhes renderam a alcunha de "adoradores do diabo" pelos religiosos de então... Ha ha ha! Só acabaram se tornando muito populares justamente por isso... conquistaram uma geração de fãs... e no fim, a realidade foi bem diferente das críticas sofridas e a banda decolou... inspirou o surgimento de inúmeras bandas que curtimos, Heavy Metal, mas soa mais legal como um ROCK AND ROLL, porém mais "pesadinho"... hehehe...


Black Sabbath no início da década de 1970, fotos para o primeiro álbum.

Porém, a banda foi muito bem até o ano de 1979, quando gravaram e lançaram Never Say Die, cuja turnê comemorava 10 anos de Black Sabbath, e tinha a abertura feita pelo Van Halen, que estava surgindo na época, e logo depois a banda se separou, começaram a surgir os problemas que o sucesso traz... problemas com cocaína... Ozzy Osbounre teve uma carreira solo excelente, mas teve também altos e baixos, e bem "suada" que a fez de coração e conseguiu largar da cocaína e bebidas, e canta até hoje... depois de terem se juntado de novo atualmente, passaram por mutias mudanças de formação durante os anos de 1980, que falaremos aos poucos aqui. A primeira grande mudança ocorreu em 1980, quando integraram Ronnie James Dio para assumir os vocais deixados por Ozzy Osbourne. Dio já tinha um grande currículo no Rock, pois começou cedo, na "época dos terninhos", quando integrava como vocalista da banda The Prophets, depois passou por bandas como Elf e Rainbow, até integrar os vocais do Black Sabbath no álbum Heaven and Hell naquele ano. Logo traremos mais detalhes...

Bill Ward, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler por volta de 1979, durante a turnê Never Say Die, antes da saída de Ozzy.


Esta foto é do início da década 1980, com Dio no vocal, e Vinny Appice na batera.


Ouçam os dois primeiros álbuns: Black Sabbath e Paranoid!!!

Esperamos que tenham gostado.

Abraço a todos!

Rock and Roll na veiaaaaaaaaaa!Primeiro álbum - Black SabbathUm dos primeiros shows em Paris, 1970.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Harley-Davidson Show em Bauru

Os amantes da velocidade e do bom e velho Rock and Roll de Bauru e região podem pular de alegria, pois o Harley-Davidson Show, que acontece desde a última quarta-feira (12/06), tem planos para continuar na cidade também nos próximos anos no Alameda Quality Center.


Enquanto as mais famosas e velozes motos do mundo são expostas para venda, shows de bandas covers regionais e locais de bandas clássicas internacionais e de artistas brasileiros famosos acontecem. O primeiro show foi com o Tributo aos Beatles, que emocionou e levantou o público com os grandes clássicos da banda mais influente do rock. Na quinta-feira, houve a Clássicos do Rock, que fez homenagens aos maiores artistas do ritmo.
Hoje, 14 de junho, às 21 horas, é a vez  da High Voltage, cover dos australianos metaleiros do AC/DC, que traz clássicos como "Highway to Hell" e "Hell's Bells". Amanhã, às 14 horas, sobe ao palco a banda cover de Led Zeppelin com "Communication Breakdown" e "Immigrant Song" e às 17 horas é a vez de Ghizzi & Cia. Rock com clássicos como "Satisfaction", "Perfect Stranger" e "Have you ever seen the rain".


Então, às 22 horas, Humberto Gessinger, ex-Engenheiros do Havaí começa a tocar os clássicos da banda e canções solo. No domingo, as apresentações ficam por conta dos Acústicos e Calibrados e novamente, de Ghizzi & Cia. Rock.
No dia 20 de junho, às 21 horas, a banda Soul Station faz o seu show com o melhor do Blues, trazendo Erick Clapton, Jimi Hendrix e B.B. King. No dia 21, teremos o cover do Guns'N Roses também às 21 horas com "Welcome to the Jungle".
E no sábado, 22 de junho, é hora de curtir mais clássicos. Às 14 horas, Rolling Stones cover e às 17 horas, é a vez da dama do rock Janis Joplin. À noite, às 22 horas, a banda brasileira carioca dos anos 80, Biquíni Cavadão, canta as suas músicas divertidas e sem preconceitos.


Por fim, no domingo, 23 de junho, teremos às 14 horas, um cover do Red Hot Chilli Peppers e às 17 horas, mais Janis Joplin para o público se empolgar na última apresentação desse evento que tem tudo para se tornar um clássico em Bauru.
Portanto, arrumem as suas roupas pretas, os coturnos e as bandanas para curtirem essas tardes e noites com muito rock and roll, principalmente porque serão como todo roqueiro de verdade gosta: gratuitas, com exceção dos shows de Humberto Gessinger e Biquíni Cavadão.

The Rolling Stones

Depois dos Beatles, que se tornaram uma verdadeira febre em minha vida, apareceram os "Bad Boys" The Rolling Stones, que também conheci através de uma amiga que era mais alternativa, que costumava dizer que os Stones eram melhores que os Beatles, já que ainda estavam na ativa e com músicas novas.

Eram aquelas briguinhas saudáveis entre amigas. Como não torcíamos para nenhum time de futebol, nossas discussões caiam sobre bandas de rock. E como não tenho preconceitos, pensei: "Deixe-me ouvir os caras para saber qual é o tipo de som que eles fazem." E pedi para ela uma fita K-7 com suas melhores músicas.
"Ruby Tuesday" foi a primeira música dos Stones pela qual me apaixonei. Depois vieram "Satisfaction", "Start me Up", "As Tears Go By", "Dead Flowers" e "Wild Horses".

Porém, a letra que mais me chamou a atenção foi a de "Sympathy for the Devil", principalmente porque estava acostumada apenas com letras mais gentis e pacíficas como "Accross the Universe" e "It's all too Much" dos Beatles. Essa era uma música forte com uma letra simplesmente sensacional e revoltada, o que mostrava o espírito dessa banda de músicos doidos e pirados que estão na estrada até hoje.


Então, há aproximadamente 15 anos, tive a oportunidade de ver um show dos Rolling Stones, o "Stripped", que tinha um palco suspenso que chegava até o meio da pista. Foi incrível ver Mick Jagger cantando e  dançando como se fosse um jovem de 16 anos. Realmente, o show foi contagiante. Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts também tiveram ótimas presenças de palco, o que era totalmente diferente dos shows que havia assistido dos Beatles, que somente balançavam os pés e os ombros quando cantavam.
Assim, eles estraram na minha vida e continuam até hoje, pois foram, são e serão sempre um clássico do rock and roll, tendo mais de 50 anos de estrada e inúmeros fãs no mundo inteiro.

sábado, 8 de junho de 2013

Os Beatles em minha vida

Bom, minha história de amor com os Beatles começou quando eu tinha meus 14 aninhos (posso dizer que faz um bom tempo...). Na época, eu estava na 8ª série e uma amiga levou uma fita K-7 (lembram-se?) com uma compilação das melhores músicas do início da carreira dos ingleses para a sala de aula. Como era caprichosa, ela escreveu os nomes de todas as músicas na capinha e pediu para que eu as ouvisse.



Chegando em casa, meio desconfiada, achando que aquelas músicas eram para gente velha, coloquei a fita para tocar no aparelho de som da minha mãe. A primeira música foi "Love me Do". Simples e direta, acertou em cheio meu coração.

Depois veio "Please, Please Me", "A Hard Day's Night", "Eight Days a Week", "She Loves You", "Ticket to Ride", "Yesterday" e "Help!". Não pude acreditar em como eram lindas aquelas melodias, que pareciam vir de outro planeta! Foi amor à primeira vista!

Então ela me levava as letras das músicas que, pasmem, ainda eram datilografadas! E eu comecei a acompanhar as músicas com as suas letras, mas ainda queria mais: saber o que aqueles quatro rapazes diziam em suas músicas. E foi assim que, com um dicionário nas mãos e as letras em outra, comecei a aprender inglês, somando às aulas do curso particular.



Aquela fita não me bastou. Fui juntando dinheiro para poder comprar os CDs da banda. Comecei do primeiro: "Please, Please Me". Depois de um tempo, consegui comprar o "With the Beatles", "A Hard Day's Night", "Rubber Soul", "Revolver"..., até chegar ao "Let it Be". Quando completei a coleção, vieram os trabalhos piratas e lançamentos de coletâneas antigas como "The Beatles Live at BBC" e o "Anthology", com seus 3 CDs duplos.

Naquela época, não existia a internet para fazer o download das músicas que queríamos ouvir. Desse modo, ou tínhamos que comprar o CD ou então esperar que a música tocasse na rádio para gravá-la. Isso parecia nos deixar mais ansiosos e felizes ao adquirirmos um trabalho novo de nossos artistas, fazendo com que ouvíssemos faixa por faixa com muita atenção.

A cada aquisição, novas surpresas. Eles evoluíam demais a cada trabalho, tendo passado pelos mais diferentes ritmos musicais em apenas 10 anos de carreira. Nenhuma música era igual a outra e as suas fases eram completamente distintas uma da outra, o que me deixava cada vez mais curiosa para conhecer os próximos discos. Por isso, comprei livros, revistas e tudo o que dizia respeito a eles e fui montando uma pasta linda. Até hoje a tenho como recordação.

Em 2005, realizei o meu sonho: conhecer a terra dos meus heróis. Estive em Liverpool, andei pelas mesmas ruas que eles andaram, entrei no Cavern Club (não o verdadeiro, pois esse não existe mais) e visitei o museu dedicado a eles. Além disso, é claro, tive que atravessar a Abbey Road, em Londres.

Porém, só pude ver um deles ao vivo: Paul McCartney, em sua turnê de 2010. Parecia um sonho ouvir todas aquelas músicas que marcaram momentos tão importantes da minha vida cantadas ao vivo por ele, na minha frente, mesmo que estivesse tão longe. Afinal, esperei tanto por esse momento que parecia que ele estava tocando somente para mim. Foi difícil conter as lágrimas, principalmente em "Eleanor Rigby" e nas homenagens feitas a George Harrison com "Something" e a John Lennon com "A Day in the Life" e "Give Peace a Chance".



A minha história com os Beatles é longa e até hoje guardo momentos inesquecíveis sobre eles, mas esse post ficaria muito longo. Depois deles, outras bandas e cantores de rock apareceram em minha vida, graças aos acordes e letras tão bem trabalhados por eles. Por esse motivo, agradeço a beleza, criatividade e destreza de suas músicas, pois elas me levaram a conhecer o universo tão amplo e diversificado que é o do rock and roll.


O que é o Histórias do Rock and Roll

Olá!

Esse blog é dedicado a todas as pessoas que vêem o Rock and Roll não apenas como um estilo musical, mas também como parte da história de suas vidas, pois ele, em suas inúmeras vertentes, possui músicas para cada etapa e momento de nossas vidas.

Sendo assim, através de histórias de vidas que se confundem com as Histórias do Rock and Roll, contaremos um pouco sobre a evolução desse que talvez seja o mais revolucionário, excêntrico e popular ritmo do planeta.

Além disso, serão contadas as trajetórias e curiosidades de artistas que fazem parte desse mundo tão bizarro e alucinante. Bandas clássicas como The Beatles, The Rolling Stones, The Who, Pink Floyd, Led Zeppelin, The Doors, Black Sabbath, Sex Pistols, Metallica entre outras se misturam a cantores como Elvis Presley, Bob Dylan e Alice Cooper para mostrarem como o estilo é rico e cheio de inteligência, irreverência e revolta.


Para tanto, você, leitor, está convidado a contar as suas histórias para somar conhecimentos, diversões e conteúdos a esse blog, que tem como objetivo mostrar ao mundo a importância de bandas e cantores que fazem parte da história da música para as vidas de quem os segue com admiração.

Então, é hora de começar o show...

O próximo post será a história de como conheci os Beatles, banda que me abriu as portas para o Rock and Roll e nunca mais as fechou...

Boa diversão e não deixe de escrever as suas histórias.