Eram aquelas briguinhas saudáveis entre amigas. Como não torcíamos para nenhum time de futebol, nossas discussões caiam sobre bandas de rock. E como não tenho preconceitos, pensei: "Deixe-me ouvir os caras para saber qual é o tipo de som que eles fazem." E pedi para ela uma fita K-7 com suas melhores músicas.
"Ruby Tuesday" foi a primeira música dos Stones pela qual me apaixonei. Depois vieram "Satisfaction", "Start me Up", "As Tears Go By", "Dead Flowers" e "Wild Horses".
Porém, a letra que mais me chamou a atenção foi a de "Sympathy for the Devil", principalmente porque estava acostumada apenas com letras mais gentis e pacíficas como "Accross the Universe" e "It's all too Much" dos Beatles. Essa era uma música forte com uma letra simplesmente sensacional e revoltada, o que mostrava o espírito dessa banda de músicos doidos e pirados que estão na estrada até hoje.
Então, há aproximadamente 15 anos, tive a oportunidade de ver um show dos Rolling Stones, o "Stripped", que tinha um palco suspenso que chegava até o meio da pista. Foi incrível ver Mick Jagger cantando e dançando como se fosse um jovem de 16 anos. Realmente, o show foi contagiante. Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts também tiveram ótimas presenças de palco, o que era totalmente diferente dos shows que havia assistido dos Beatles, que somente balançavam os pés e os ombros quando cantavam.
Assim, eles estraram na minha vida e continuam até hoje, pois foram, são e serão sempre um clássico do rock and roll, tendo mais de 50 anos de estrada e inúmeros fãs no mundo inteiro.
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